- Comerciante furou bloqueio de blitz, tentou subornar policiais e ainda xingou e agrediu um deles
- Ela teve seis acusações, que somam 20 anos de prisão
RIO - "Neste país, só pobre ou favelado fica preso. Eu sou rica e
influente". Essas foram as palavras ditas pela comerciante Christiane
Ferraz Magarinos, de 42 anos, após furar uma blitz da Operação Lei Seca,
no Largo do Machado, e ser surpreendida pelos agentes na porta de casa,
no Flamengo, na Zona Sul. Entretanto, o poder aquisitivo da comerciante
– usado, inclusive, para tentar subornar os policiais que participavam
da ação – não foi suficiente para livrá-la de seis acusações.
Via O globo
Os
agentes realizavam a operação na Praça José de Alencar, na Rua Senador
Vergueiro, quando Christiane passou em alta velocidade com seu Ford Edge
e não obedeceu à ordem de parar. Os policiais a perseguiram por dois
quilômetros e conseguiram abordá-la na garagem do seu prédio, na Rua
Oswaldo Cruz. No endereço, segundo os policiais, Christiane se desfez de
uma lata e de uma garrafa de cerveja. Ao ser aconselhada a seguir para a
base da operação para realizar o teste do bafômetro, ela entrou no
carro e acelerou. Um dos PMs contou que teve que sair da frente para não
ser atropelado. Em seguida, a comerciante argumentou que os policiais
ganhavam mal e perguntou quanto seria necessário para ser liberada. Após
receber voz de prisão, ela xingou o PM e o agrediu com um chute.
Encaminhada
para a 13ª DP (Copacabana), a acusada teve que ser algemada devido ao
seu estado alterado. Na delegacia, a comerciante continuou a proferir
palavras de baixo calão. De acordo com a delegada Verônica Oliveira,
Christiane contou em depoimento que sofre de depressão, está em
tratamento e toma medicamentos de uso controlado. Durante exame no
Instituto Médico-Legal (IML), ela contou que havia bebido cerveja.
Christiane
foi autuada por corrupção ativa, coação no curso do processo,
resistência à prisão, desacato a autoridade e desobediência. Os dois
primeiros crimes são inafiançáveis. Ainda de acordo com a delegada, um
inquérito para atestar a embriaguez ao volante será instaurado. Imagens
feitas durante a operação de câmeras de vigilância de prédios da Avenida
Oswaldo Cruz serão solicitadas.
A comerciante deve ser
transferida ainda nesta quinta-feira para uma carceragem feminina da
Polícia Civil. Os advogados dela ainda podem recorrer a um pedido de
liberdade provisória.
Esse é o segundo caso em menos de uma semana
No
último dia 14, um caso semelhante ocorreu durante uma Operação Lei
Seca, em Ipanema, também na Zona Sul. Cristiane Santos Magalhães, de 42
anos, foi presa após furar uma blitz que estava sendo montada na Avenida
Vieira Souto. Ela atropelou o gari Clailton Lopes da Silva, de 40 anos,
e feriu a mão do sargento Eduardo José, do 23º BPM (Leblon), que dava
apoio à ação. Ela não prestou socorro e foi detida após tentar fugir. O
gari sofreu uma luxação no joelho. A motorista foi autuada por lesão
corporal e liberada após pagar fiança de R$ 1.200.
Via O globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário